De novo, a repetição de convivência e gente que só me enoja em volta, cada vez mais sinto a raiva estremecer a carne que já não suporta mais tanto ódio impregnado em um corpo abatido por tantas tristezas simultâneas
É tudo perdição e malédico, maldição de vida vazia
Monotonia que me engole, monotonia que me atravessa o peito, vendo meus dias passarem sem nada e ninguém, sendo um nada até pra mim mesmo, me pergunto porque deveria continuar, tudo já perdeu demais o sentido, já cansei de repetir que não aguento mais
E as paredes irão se aumentar, nessa palidez irei lamentar, olhando vibrantemente
Vendo minha sobriedade e lucidez desmoronar nessa desgraça, dia após dia
Ja cansei dessa desolação completa
Repleta de desespero, angustia e ódio
Ter que conviver com o fardo de esquecer
E engolir toda a raiva e continuar
O ponteiro bate nas 4 da manhã
De novo estou eu aqui sentado no chão de meu quarto
Olhando pro teto, tentando achar uma razão
Para não terminar algo sem vida
Eu não vivo mais, só fico aqui parado morrendo
Remoendo cada segundo ja vivido
E remoendo cada segundo que se passa
E o cano brilhante, com o metal frio
Gélido que perfura a pele até os sentimentos mais sombrios
Tentando você a tomar uma atitude
Que seria a primeira útil e a ultima de todas
E agora deixo a morte me engolir por inteiro.